- Será que é amor?

- Será que é amor?

Quando não existe amor... Os defeitos crescem tanto que só há lugar para eles nos discursos sobre o outro. Tudo que o outro não sabe ou não faz direito é o que mais ganha tempo e espaço na relação. E as qualidades, bem acanhadinhas, ficam escondidas no canto da parede. Enquanto os defeitos tomam a casa toda, inclusive o quarto. Nesse estágio de desamor, quando se pergunta o que acha sobre o outro, a pessoa diz: - Ele é isso, aquilo, aquilo e aquilo ruim! E faz isso, aquilo e aquilo errado! E não tem jeito! Não muda!
È, o que não tem jeito não tem jeito mesmo, pelo menos não para aquela pessoa ou naquele momento. Um dia teve jeito, ou pelo menos teve menor importância, hoje é a gota d’água. Não precisa lutar para odiar, é só assumir que o amor acabou. Não que seja fácil, na verdade é bem difícil. Acho que por ser tão difícil assumir o fim de um grande amor é que as pessoas apelam para o ódio, que parece mais prático e menos doloroso! Até é, mas não promove uma mudança efetiva, é um alivio passageiro. Lá na frente volta a doer e um pouco mais até.
Quando existe amor... As qualidades saltam aos olhos! Ganham espaços cada vez maiores, ao ponto de tornarem os amantes seres tidos como idiotizados, bobos, fora da realidade...
Na verdade, não é que eles estejam fora da realidade, é que a realidade deles é sob a ótica do amor. E quando vemos o outro com esse olhar, são os defeitos que ficam no canto da parede.
Em qualquer estágio de amor, se é que podemos assim chamar, a pessoa sempre diz: - Ele é isso, aquilo e aquilo de bom! Pode até ser assim às vezes, mas na verdade é tão isso, isso e aquilo de bom! Ah, eu não posso negar, que apesar de tudo, ele é isso de tão bom... Na verdade, eu gosto assim!
A escolha dessa pessoa foi enxergar e dar ênfase ao lado bom da outra, tudo isso graças ao amor.
Mas o amor não é uma escolha, é um estado, uma presença. Ou existe, ou não existe. Se não existe, vai enxergar uma pessoa terrível mais cedo ou mais tarde, afinal, todos nós temos um lado assustador.
Mas se existe, vai enxergar sempre a riqueza do outro, independente da circunstancia ou situação, porque no seu olhar tem uma ternura que desarma o inferno íntimo que nele possa se manifestar.
O amor não nos torna cegos, mas nos dá o poder de entrar no paraíso do outro e acender as luzes que nos farão enxergar sempre mais e além...
Todos nós temos o direito e a possibilidade de amar, é só não perdermos tempo como desamor. E a chave para saber se o que está vivendo é amor ou desamor está no “mas”. Observe o que vem antes de depois.Se o que vier depois for ruim, como por exemplo: - Ele até que é bonzinho, mas faz tudo errado! Fique alerta, provavelmente não está vivendo o amor. Mas se depois do “mas” vier algo bom, por exemplo: - Ela é chatinha, mas eu gosto dela. Acredite, você ama essa pessoa chatinha.
O que vem depois do "mas" é sempre a resposta certa do seu coração. E o que vem antes, é uma justificativa moral para suas escolhas.

Infidelidade
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